O Cbers-4A, o sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China, foi lançado ao espaço na madrugada desta sexta-feira (20) para monitorar a Amazônia. O equipamento foi colocado em órbita pelo foguete longa marcha 4B, a partir da base de lançamento em Taiyuan, na China.
Inicialmente previsto para a 0h20min, o lançamento foi adiado em dois minutos, e o sucesso da operação foi confirmado à 0h37min, quando o aparelho entrou em órbita e iniciou o processo de abertura do painel solar.
O processo foi acompanhado por técnicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em São José dos Campos (SP), via conexão telefônica. A transmissão foi acompanhada por uma plateia de convidados e autoridades.
“Cinco anos após o bem-sucedido lançamento do satélite Cbers-4, junta-se a ele mais um satélite sino-brasileiro. Continuamos, portanto, assegurando o monitoramento do território brasileiro, com alerta de desmatamento, monitoramento da vegetação e agricultura e estudos de hidrologia e meio ambiente. O Inpe tem orgulho em participar de mais um caso de sucesso do programa espacial brasileiro”, disse Ronald Buss de Souza, diretor substituto do Inpe.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, acompanhou o lançamento na China. A construção do equipamento começou em 2015 e custou cerca de R$ 190 milhões – metade do valor foi custeado pelo Brasil. Duzentos cientistas trabalharam no projeto.
O Cbers-4A vai substituir o Cbers-4, que está no limite da vida útil. Segundo o Inpe, o satélite foi programado para dar 14 voltas por dia em torno da Terra. O foco será o mapeamento de queimadas na Amazônia e o fornecimento de dados à agricultura. O Cbers 4-A deverá operar por pelo menos cinco anos. O Sul.