O presidente Jair Bolsonaro não contraiu o coronavírus, segundo ele mesmo informou em publicação em suas redes sociais nesta sexta-feira (13).
Bolsonaro fez o teste um dia antes, após a informação de que o chefe de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, 44, havia contraído a doença. Ambos viajaram juntos para os EUA de sábado (07) a terça-feira (10) e estiveram reunidos com o presidente americano, Donald Trump.
Desde a notícia sobre Wanjgarten, Bolsonaro passou a adotar procedimentos de segurança que irão alterar a agenda do governo. Ele passou a quinta-feira (12) no Palácio da Alvorada, residência oficial, onde foi monitorado pela equipe médica da Presidência.
O exame para coronavírus foi realizado por outros integrantes da comitiva presidencial que viajou aos EUA, como os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Com o risco de contágio, a rotina administrativa do Palácio do Planalto deverá ser alterada. Além da maior restrição ao acesso de pessoas, os eventos e as solenidades devem ser suspensos e o cumprimento diário do presidente na entrada do Palácio da Alvorada deve ser modificado.
Live na internet
Bolsonaro fez na quinta-feira uma live em redes sociais de máscara e sugeriu a seus apoiadores a suspensão dos atos marcados para domingo (15) com pauta em defesa do governo e de ataques ao Congresso e Judiciário.
“Tem um aspecto que precisa ser levado em conta. Existe [a manifestação], é mais um agrupamento de pessoas. Então a população está um tanto quanto dividida”, disse Bolsonaro.
“O que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas [pelo coronavírus], porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente. Se o governo não tomar nenhuma providência, sobe e depois de um certo limite o sistema não suporta”, acrescentou. “Como presidente da República, eu tenho que tomar uma posição, contra ou a favor. Se bem que o movimento não é meu, é espontâneo e popular.”
O presidente comandou sua tradicional live nas redes ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que também usou máscaras. Na transmissão, ele também disse que político que tem medo do povo “não tem que ser político”. “O povo nas ruas se manifestando como sempre se manifestou de maneira calma, pacífica e ordeira é um direito dele. Contra ou a favor a quem quer que seja”, disse.