O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira, a B3, registra o segundo pior desempenho no mundo em 2021, atrás apenas da Bolsa da Venezuela, segundo um ranking da agência de classificação de risco Austin Rating.
O levantamento, elaborado a pedido do site G1, compara a variação de 79 índices internacionais em Bolsas de 78 países no acumulado no ano até o fechamento de novembro.
O ranking mostra que o Ibovespa caminha na contramão da tendência global dos mercados acionários, tanto de países desenvolvidos quanto de emergentes. Dos 79 índices analisados, apenas nove acumulam perdas no ano.
A mediana das variações das Bolsas do mundo nos 11 primeiros meses do ano foi de 13,6%, enquanto o Ibovespa amargou uma baixa de 14,4%, atrás somente do IBC da Venezuela (-99,5%), cujo país se encontra há anos em um quadro de hiperinflação.
Nos EUA, cujos mercados são as principais referências globais, o Dow Jones acumulou alta de 12,67% até novembro, e o índice Nasdaq um avanço de 20,56%.
Na parcial do ano, os melhores desempenhos são das Bolsas da Mongólia e do Zimbábue, com saltos de 104% e 305%, respectivamente. A Austin ressalta, no entanto, que tratam-se de economias “nanicas” e de mercados com pouco volume de negociação e poucas empresas listadas.
Já a surpresa da presença da Argentina entre as Bolsas com melhor desempenho neste ano é explicada principalmente pela inflação elevada e pela base fraca de comparação após anos de crise econômica.