Segundo uma pesquisa exclusiva, feita pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do R7 Planalto, quase oito a cada dez brasileiros são contrários ao pagamento de auxílio-reclusão para dependentes de presos, que chegam a custar mais de 600 milhões ao ano para o INSS.
Entre os entrevistados, 77,4% disseram contra o benefício, enquanto 18,9% foram a favor do pagamento e outros 3,7% não souberam ou não quiseram opinar.
A disparidade é ainda maior quando analisamos apenas os mais velhos. Entre aqueles com mais de 60 anos, os números contrários ao auxílio atingem seu maior índice, com 80,8% e apenas 16,3% a favor.
Já os que maiores defensores são aqueles entre 25 e 34 anos, que demonstram um grau de aprovação de 22,1%, mas mesmo assim têm 73,3% contrários ao pagamento.
A pesquisa vai ao encontro de um levantamento realizado em 2018 com os leitores da Coluna, que indicava um nível de desaprovação de 87%.
O auxílio-reclusão, no valor de R$ 1.292,43 mensais, é pago a dependentes de presos que tenham realizado 24 contribuições, antes do cárcere, com a Previdência Social.
Outros fatores determinantes para o pagamento são que o preso esteja no regime fechado e que ele tenha recebido menos do que o valor pago pelo INSS no salário anterior à prisão.
Os valores são deduzidos do INSS do próprio preso e entregue à família, não sendo entregue, em qualquer circunstância, ao próprio detento.
Após mudanças nas legislação, que dificultaram o pedido do auxílio para novos presos, houve uma redução de 41% no número de benefícios concedidos, no mês de março, em relação ao mesmo mês do ano passado.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, a pedido do R7 Planalto, com 2.184 brasileiros maiores de 16 anos, em 170 municípios de 26 Estados e do Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas por telefone entre os dias 17 e 20 de julho de 2019. A amostra tem grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2 pontos percentuais para os resultados gerais.
Com informações do Portal R7.