Nesta quarta-feira(04), foi realizada uma celebração especial, que marca 10 dia do enterro do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais(STR) de Bom Jesus da Lapa, Eduardo Pereira do Santos.
Cheia de comoção, o momento de oração foi feita pelo padre Marcos, e contou com a participação da diretoria do STR de Bom Jesus da Lapa e representações das comunidade quilombolas do município.
Com muita tristeza, as representações lamentaram pela morte de Eduardo. “Só resta saudade dele. Uma pessoa que não tinha maldade nenhuma, e era uma pessoa para mim que eu tenho grande sentimento. Por sinal, quando ele faltou, Abrão e os meninos me convidaram, pediu minha ajuda, e eu rodei muito nessa área aqui, ancorado com gibão e perneira, mais não foi possível encontrar. Como eu queria ter encontrado ele vivo, e levar ele para os familiares e para perto dos amigos, mais infelizmente não foi possível”, disse o senhor Salomão Vitorino.
Chorando, a secretaria do STR, Camila, falou que iria levar para o resto da vida as lembranças dos nove anos de convivência com Eduardo. “Todas as vezes que eu ia cozinhar, ele ia na cozinha, dizendo que eu não sabia fazer. Mas, era o primeiro a começar a comer, e o último a terminar. Não foi nenhuma ou duas vezes que a gente sentou e ele me deu conselhos, e das vezes que ele tinha dúvida, se mostrava muito humano, pedia minha opinião. Mesmo com a função que ocupava e com a idade, foi uma pessoa que me ouvia muito”, frisou.
Já senhor “Nôzinho”, disse que ficou muito emocionado quando ficou sabendo da morte de Eduardo, e relembrou dos tempos de luta que esteve junto com ele, em defesa dos trabalhadores. “Nós trabalhamos juntos durante quatro anos, eu como presidente do STR, e ele como tesoureiro. Nós viajava para Brasília, viajava para São Paulo, para tudo lugar, se ele ia, eu achava tudo certinho, e se era eu que ia, eu voltava e achava tudo certinho. Tanto é, que nós trabalhamos tanto unido, que com dois anos nós demos uma sede para o STR”, relembrou.
As representações levaram duas bandeira da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), que foram deixadas estampadas na árvore onde o sindicalista foi encontrado, além de acenderem velas e colocarem uma cruz no local. Lembrando que Eduardo era do Rio das Rãs, comunidade que ele luto para ser reconhecida, se destacando como uma das principais lideranças do povo quilombola.
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Muito triste mesmo
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