Secretaria de Saúde promove última semana de vacinação contra poliomielite e sarampo em Bom Jesus da Lapa

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Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

A Secretaria Municipal de Saúde realiza até sexta-feira, dia 31 de agosto, a vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo, em todas as Unidades de Saúde da Família (USF) de Bom Jesus da Lapa. 3.741 crianças foram vacinadas em todo o município, 75% do esperado, mas alguns pais ainda não levaram seus filhos, entre um ano e menores de cinco anos de idade para receber as vacinas.

A Diretora de Vigilância em Saúde  de Bom Jesus da Lapa, Laís Sento Sé,  informou que até o final da tarde desta segunda-feira(27), 3.741 doses já tinham sido aplicadas, correspondendo a   75% das 4.750 pessoas (público alvo) do município.

Ela destaca que os  pais, ou responsáveis, devem levar as crianças para receberem as vacinas. “Os pais e os responsáveis precisam levar as crianças até a unidade de saúde mais próxima de sua residência para receberem as vacinas. Essa é a maneira mais eficaz de evitarmos essas doenças. A campanha se encerra nesta sexta-feira, dia 31 de agosto. Esperamos aumentar nossa cobertura vacinal nessa última semana”, disse.

Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca.

A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada.

Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.