
O Artigo 216 da Constituição Federal define patrimônio cultural como sendo os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.”
Como bem cultural da cidade de Bom Jesus da Lapa, a Filarmônica Euterpe Lapense segue guardando e transmitindo a memória musical viva da cidade. Completando 102 anos de história nesta terça-feira, 8 de dezembro.
Para comemorar, como já é tradição da cidade, a entidade participou Missa solene de Nossa Senhora Imaculada Conceição no início da manhã, festa religiosa que completa 105 anos de devoção na Capital Baiana da Fé, onde foi homenageada.
Ainda como parte das comemorações, a Filarmônica Euterpe Lapense recebeu da prefeitura a nova Sede da Casa Casa de Música que recebeu o nome do cantor e Compositor, Zeca Bahia.
A Filarmônica Euterpe Lapense surgiu em Bom Jesus da Lapa no ano de 1918, passando a representar ao longo dos anos um dos seus maiores bens culturais do município. Que nasceu num terreno fértil de coros sacros e formações musicais, sob as bençãos do Bom Jesus, apadrinhada por pessoas da sociedade, amantes da boa música, homens de bem que se revezaram ao longo de um século, como pilares. Nos diversos contextos em que esteve inserida, viu o país passar pela república, pela ditadura e a seguir rumo a democracia, atravessando a história.
Com 102 anos de história, a Filarmônica Euterpe Lapense é um símbolo de resistência, sobrevivendo na região ribeirinha do Velho Chico, a dilapidação do Patrimônio histórico cultural. E dividindo espaço com a diversidade cultural existente, foi construindo um patrimônio expressivo, revelado nos instrumentos, partituras e composições. Das missas, novenas, procissões, folias de reis, Festas do Divino à eventos culturais, mantendo as suas raízes, tem sido presença constante nas manifestações tradicionais da Capital Baiana da Fé.
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