Nesta terça-feira (21), o nível do Rio São Francisco em Bom Jesus da Lapa atingiu 7,83 metros, com uma vazão de 4.030 m³/s, conforme dados da estação fluviométrica do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), localizada na Ponte Gercino Coelho. O aumento contínuo do nível do rio tem gerado preocupação entre os moradores das ilhas e das áreas baixas próximas ao Rio São Francisco, especialmente aqueles que vivem nas regiões mais vulneráveis à elevação das águas (Veja as imagens).
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A situação já está impactando diretamente as ilhas da região, que estão sendo invadidas pelas águas nas áreas mais baixas. O nível do rio se aproxima da cota de alerta de 8 metros, o que aumenta a tensão entre os ribeirinhos. No entanto, as lagoas marginais, como a Lagoa da Lapa, têm recebido a água do rio de maneira positiva, sem riscos de alagamento, já que é importante para a dinâmica local que essas lagoas recebam o volume de água das cheias.
Além do impacto nas comunidades ribeirinhas, a elevação do nível do Rio São Francisco também tem afetado o turismo em Bom Jesus da Lapa, principalmente na Barrinha, um dos principais pontos turísticos da cidade. A maioria dos quiosques da Barrinha, localizados às margens do rio, já foram tomados pelas águas, o que tem gerado preocupação entre comerciantes e turistas que frequentam o local para lazer e atividades recreativas.
Diante da cheia do rio, as autoridades estão mobilizadas e monitorando a situação. Para discutir os impactos e definir as ações emergenciais, uma reunião de planejamento foi realizada nesta terça-feira (21) na Prefeitura de Bom Jesus da Lapa. O encontro contou com a presença de secretários municipais, representantes da Defesa Civil da Bahia, da CIEVS e de outros órgãos estaduais. Durante a reunião, foram traçadas ações para enfrentar os desafios das enchentes, como o monitoramento constante do nível do Rio São Francisco, a assistência às famílias afetadas e a implementação de medidas para prevenção de doenças relacionadas à água não tratada.
Com a colaboração entre os governos municipal e estadual, a prioridade é mitigar os impactos das enchentes e garantir a segurança e a saúde da população, especialmente nas áreas mais vulneráveis, como as ilhas e as regiões ribeirinhas.