Leilão de transmissão viabiliza 9 bi em investimento; linha de transmissão sairá de Bom Jesus da Lapa

O leilão de linhas de transmissão de energia realizado na última  sexta-feira (30), na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), terminou com todos os lotes arrematados, com deságio médio de 50,97% sobre a Receita Anual Permitida (RAP), máxima de aproximadamente R$ 2,6 bilhões.

Um dos mais importantes, o lote 2 (1.614 km), com prazo previsto de execução de 66 meses, sairá de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, passando em MG por Espinosa, Gameleiras, Jaíba, Verdelândia, Varzelândia, São João da Ponte, Patis, Mirabela, Brasília de Minas, Coração de Jesus, São João do Pacuí, Ibiaí e Buritizeiro.

“O resultado da licitação representa mais trabalho, renda, energia limpa e aumento na receita dos municípios, recursos que vão para saúde, educação, asfalto e apoio ao produtor rural”, ressaltou o deputado Gil Pereira, presidente da Comissão de Minas e Energia, da Assembleia Legislativa de MG, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Geração de emprego e renda

Estão previstos mais de 60 mil empregos diretos e indiretos a serem gerados ao longo dos próximos anos. Os investimentos contratados serão de R$ 15,3 bilhões, para a construção de quase 6,2 mil quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 MVA, localizados nos estados de Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Sergipe, da Bahia, do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

As vencedoras foram: Consórcio Gênesis (lote 1), Rialma (Lote 2), Cymi (Lote 3), Furnas (Lote 4), Engie (Lote 5), Celeo Redes Brasil (Lote 6), Isa Cteep (Lote 7), Consórcio Gênesis (Lote 8), Isa Cteep (Lote 9).

Segurança energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a segurança energética como o grande desafio do setor elétrico. “Os participantes são entusiastas e dedicados, o que aumenta minha responsabilidade como gestor, buscando integração, diálogo, geração de empregos e renda. Assim serão sempre tratados os investidores em nosso país, parceiros na transição energética e esforço para controle das mudanças climáticas, assuntos que dominam as preocupações e ações no mundo”, afirmou Alexandre Silveira.