A Câmara Municipal de Bom Jesus da Lapa realizou na manhã desta terça-feira (27) uma sessão de intensos debates, onde a principal questão foi a festa do São Pedro. A partir de uma reflexão feita pelo vereador Romeu Thessing foram abordadas pelos vereadores várias questões referentes aos gastos, e da consulta popular que foi feita para decidir a realização ou não do evento, que não contemplou toda população do município. “Quando eu falei aqui na tribuna que não irei na Festa de São Pedro e São Paulo não contradizendo a população e a cultura, mais ou contrário do desperdício do dinheiro público que está sendo investido de uma forma selvagem. O que eu vou celebrar numa festa de Maraísa e companhia limitada, que vai receber R$ 300.00 mil reais numa noite, enquanto meus irmãos da Ilha da Canabrava padecem e pedem um copo de água limpa para tomar? Que Bom Jesus da Lapa é essa? Que parece que ninguém quer discutir e enfrentar esses problemas?”, falou o vereador Thessing.
De acordo a vereadora Rita Ribeiro, mesmo com vários debates sobre a falta de água no município, a população escolheu a realização do São Pedro. “O que aconteceu? Mediante todo essa discussão fez-se uma consulta popular, perguntou-se ao povo de Bom Jesus da Lapa, as questões pertinentes a água e a outros problemas de cunho social, a população de Bom Jesus da Lapa, eles foram e votaram que queriam o São Pedro. A voz do povo é voz de Deus, sempre aprendi a respeitar o povo, o povo pediu o São Pedro (Festa), eu não culpo aqui o prefeito e nem administração, não culpo.
O parlamentar Neto Magalhães disse que a festa precisa ser realizada, no entanto questiona-se a forma que ela vai ser promovida no município, e critica a forma que o prefeito Eures Ribeiro fez a consulta popular para a realização ou não do São Pedro. “Na verdade aquilo ali foi um engodo, uma mentira muito grande. Fez audiência pública que não teve, foram todos para a casa do prefeito. Criaram uma mentira dizendo que ia ter um plebiscito para votar se teria festa ou não. Não adianta dizer que foi uma votação, todos nós sabemos como foi aquilo ali. Todos sabem como vai ser feita essa festa ai, pra pegar do dinheiro público mesmo, a verdade é essa, todo mundo sabe de quanto vai ficar para os cofres públicos a questão do São Pedro em Bom Jesus da Lapa.”
E afirma, “a máscara do prefeito está caindo mais uma vez, ele falava que a festa era principalmente para os mais humildes, no entanto estão tirando os vendedores de espetinho, e que sempre viveram aqui na praça, empurrados para os lados e pagando alvarás caríssimos, coisas que não eram feitas assim em Bom Jesus da Lapa”.
“Quando o vereador aqui fala desse plebiscito, mais uma vez mostra a irresponsabilidade dessa gestão com o povo da zona rural. Porque foi feito aqui um Plebiscito, mas as pessoas não participaram. Por que, quando é época de eleição bota carro para todo mundo ir votar? A pessoa da zona rural não teve a oportunidade de votar”, disse o vereador Jair.
E afirmou “que não foram colocadas urnas nas comunidades para o povo participar, e o resultado não corresponde com a quantidade de pessoas do município. “Agora como é que vai dizer que um plebiscito que foi população que decidiu, que população decidiu?! A população não decidiu nada!” Questionou a contratação de bandas caras enquanto o município a população não tem água.
O vereador Irmão Romilson alertou a casa, “nem um plebiscito desarma a decretação de situação de emergência, nem um, nem um! Se a cidade está com situação por causa de seca, é seca, tem que tratar a seca. Não sei de onde vai vir recurso para poder patrocinar festa”.
A festa de São Pedro começa nesta quinta-feira com a principal atração, a dupla Maiara e Maraísa.