Localizada na margem esquerda do Rio São Francisco, ao lado da Ponte Gercino Coelho, para quem vem sentido Santa Maria da Vitória, a Barrinha, Bairro de Bom Jesus da Lapa, tem muitas famílias que vivem uma situação de risco iminente, pois boa parte das casas construídas pela Fundação Nacional de Saúde(FUNASA), estão com rachaduras, deixando os moradores aflitos diante da situação.
Os moradores lamentam e pedem socorro para as autoridades de Bom Jesus da Lapa. “Eu durmo com medo, não sei o que fazer, não tenho condições para ir para outro lugar. Antes aqui era casa de taipa, aí a FUNASA fez essa casa pra gente, com pouco tempo começou (sic) as rachaduras. Antes a gente tinha medo, só que agora a gente tem mais medo, nossas casinhas eram mais seguras. Estou vendo a hora de uma parede dessa cair”, lamentou uma das moradoras.
“Já vieram várias pessoas tirar foto aqui, depois não apareceram mais. A gente fica sem saber a quem recorrer. Essas casas, a maioria estão (sic) todas rachadas, e sempre que passa um carro grande na ponte ela balança toda, parece que vai cair. Você pode vê essas calçadas aí do fundo, todas desceram. Só resta pedir o Bom Jesus para proteger a gente do pior”, disse outra moradora.
Os projetos de construção de casas da Barrinha foram feitas por meio de convênio do Programa de Melhoria Habitacional para o Controle da Doença de Chagas de 2009 a 2010, quando foram feitas 52 unidades.
Os moradores afirmam que o engenheiro que entregou as casas na época garantiu que depois de cinco anos teria uma vistoria nos imóveis, para possíveis melhorias, no entanto, nunca foi feito nem um tipo de acompanhamento ou manutenção.
De acordo José Jorge Pantaleão Alves de Oliveira, Chefe da FUNASA de Bom Jesus da Lapa, “essas construções estão à margem do rio, acumulando umidade há anos, e com as cheias fragilizam as bases, como também, as vibrações causadas ajudam a aumento das fissuras”.
Pantaleão frisa que não existe aporte federal pela FUNASA para manutenção das casas da Barrinha. “A solução será sempre a manutenção dos domicílios com ônus para os proprietários ou município caso haja interesse, falou.
Enquanto o impasse não é resolvido, os moradores da Barrinha vão sobrevivendo dia, após dia, como medo de que as casas desabem. Quem vai tomar uma atitude protetiva, e até mesmo preventiva, não se sabe ainda.
O alerta está feito.