Hospital de Bom Jesus da Lapa e de mais três cidades baianas são habilitados para doação de órgãos

Na última semana, a Central Estadual de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), habilitou a Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Regional de Paulo Afonso, e realizou o I Curso de Capacitação Médica em Diagnóstico de Morte Encefálica para os profissionais de saúde do município. A unidade agora já está apta para acolher as famílias e ofertar a possibilidade da doação de órgãos.

Nos últimos dias, outros hospitais, a exemplo do Hospital Regional de Juazeiro, Hospital da Bahia e Hospital Municipal de Bom Jesus da Lapa também tiveram as suas CIDOTTS habilitadas. Com habilitação da Comissão as unidades passam a oferecer um processo de doação mais seguro para toda a população e amplia a possibilidade de beneficiar um maior número de pessoas que esperam por um transplante.

Esse ano, na Bahia, foram registradas 75 doações de múltiplos órgãos e 326 doações de córneas. No momento, 1.592 pessoas esperam por um transplante de rim, 1.202 por um transplante de córnea e 2 por um transplante de fígado.

A negativa familiar e o desconhecimento da sociedade sobre o processo de doação é um dos principais obstáculos para o aumento no número de transplantes, segundo o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes. Ampliar o número de doações é a principal meta da coordenação do Sistema Estadual de Transplantes, vem desenvolvendo diversas atividades voltadas para os profissionais de saúde com esse objetivo.

O processo de doação de órgãos é iniciado com a identificação de um potencial doador nas unidades hospitalares. Após criteriosa etapa de exames e avaliações é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica, os familiares são informados e uma equipe especializada e treinada prestar apoio emocional à família e oferecer a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.

Todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da história clínica e das doenças prévias. É possível doar coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino (órgãos), e córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e válvula cardíaca (tecidos).