Atendendo ao pedido do vereador Romeu Thessing (PC do B), os representantes da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) Dr. Jorge , que é engenheiro, visitou na tarde dessa quinta-feira(8) a Ilha de Canabrava, para constatar a triste realidade vivida pelas famílias da comunidade. Entre as 189 casas pelo menos 89 ainda são do tipo de taipa, cenário que favorece o aparecimento do inseto barbeiro (Triatoma infestans), causador da Doença de Chagas.
As casas de taipa, além de abrigar o inseto popularmente conhecido por barbeiro ou chupão nas frestas entre o barro e a madeira de sustentação, são quentes, baixas e, geralmente, têm piso de terra.
Foi realizada uma reunião na escola da comunidade com os moradores. “Nossa equipe vai fazer o cadastro de todas essas casas aqui, onde cada casa que não é de taipa é pra fazer uma pequena reforma para se adaptar, e a casa que é de taipa, essa vai fazer uma casa novinha. Então nós vamos programar, a semana que vem vou viajar e não estarei aqui, mais no meu retorno vamos programar pra a gente agendar uma data e fazer esse serviço de levantamento. No entanto é bom que a gente não fique pensando que vamos entregar uma casa amanhã, olha, nós vamos fazer um levantamento, depois disso vai ter que se fazer um projeto, depois teremos que aguardar o abastecimento de água”, disse Dr. Jorge.
A FUNASA possui um programa de construção de casas populares em substituição às antigas moradias de taipa e a proposta é acelerar todos os trâmites legais para que essa ação comece a beneficiar famílias da Ilha de Canabrava. O projeto é realizado em parceria com a Prefeitura com o objetivo é prevenir a Doença de Chagas para eliminar focos do inseto conhecido por barbeiro, que é o causador da doença.
De acordo com o vereador Romeu Thessing (PC do B), essas ações devem ser efetivadas o mais rápido possível. “O nosso mandato está empenhado em buscar uma solução para essa questão tão cruel. A moradia de taipa é um risco a mais para que pessoas fiquem doentes por causa da doença de Chagas. Nosso papel é lutar pela melhoria da vida das famílias de Bom Jesus da Lapa. Tudo que a equipe da Funasa fazer a analisar e detectar a situação, eu vou acionar Brasília, o governo Federal. Já estou vendo uma forma de conseguir um poço para a comunidade em Salvador”, falou.
Para isso, um estudo deve ser feito para constatar em números, quantas famílias estão sob risco, verificar a documentação da área, cadastramento das famílias pela secretaria de Assistência Social. São um conjunto de medidas que precisam ser tomadas.
O prefeito Eures Ribeiro, precisa fazer a sua parte, enquanto gestor municipal, se entender que essa medida vai reduzir a incidência da doença na zona rural de Bom Jesus da Lapa. A Câmara de vereadores também será acionada para aprovação de autorizações e fiscalizações que possam ser necessárias.