Em menos de uma semana algumas partes da estrutura do Camelódromo de Bom Jesus da Lapa, desabaram na tarde desta segunda-feira (26). Uma senhora, de identidade ainda não divulgada, ficou ferida e foi encaminhada para UPA pelo SAMU. Várias barracas ficaram destruídas.
O espaço está na área central da cidade, na Avenida Manoel Novais, e foi montado para possibilitar uma maior organização no comércio durante a Romaria 2019. Esta é a segunda vez, em cinco dias, que partes da estrutura desabam.
O acidente deixou comerciantes apavorados, já que a gravidade dos estragos foi maior do que a última vez. “Dessa vez foi 10 vezes pior que a primeira. Com o vento desmoronou o toldo e a lona. Muitas barracas tiveram prejuízos, e uma senhora foi atingida por um ferro, e pode ter quebrado a clavícula. Isso é muito sério. Se essa empresa que fez esse serviço não tomar uma providência, pode acontecer uma tragédia aqui. Foi Deus que livrou a gente hoje, por sorte foi só as coisas que foram atingidas. Agora vamos arrumar a mercadoria e esperar para ver o que irão fazer depois de mais um acidente”, disse um barraqueiro.
“A prefeitura tem que tomar providências urgentes com a empresa responsável pela montagem dessa estrutura. Imagina se esse lugar estivesse cheio de gente, não tinha sido só isso. Tinha acontecido muitas coisas piores. Estou aqui apavorada e revoltada, eu nasci de novo, foi Deus que me livrou do pior”, disse outra comerciante do Camelódromo.
Até o fechar desta matéria, a prefeitura de Bom Jesus da Lapa, não havia se manifestado oficialmente.
Em Setembro acontece a Romaria de Nossa Senhora da Soledade. Período em que a cidade recebe milhares de pessoas de várias partes do Brasil e o Shopping do Romeiro, chamado de Camelódromo é uma das atrações comerciais de Bom Jesus da Lapa. Por isso, a segurança estrutural do local é uma questão urgente que o Município precisa resolver para evitar danos ainda mais graves.
Um dos trabalhadores do local que preferiu não se identificar desabafou: “Um acidente como o que foi registrado hoje poderia matar alguém se tivesse lotado. Eu quero trabalhar. Agradeço a oportunidade de tirar o sustendo de minha família daqui. Mas pra trabalhar eu preciso viver. Estamos trabalhando com medo”, disse.