Estado de saúde de Zeca Bahia é grave, diz médico

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zeca bahia

O estado de saúde do cantor e compósito Zeca Bahia é considerado grave, segundo o último boletim médico, divulgado no início da manhã deste domingo(28).  Ele está entubado, respirando através dos aparelhos, conforme o mesmo quadro apresentado na tarde de ontem(27).

De acordo o Dr. Marcos Melo, que conversou com o Site Notícias da Lapa, Zeca foi encaminhado com um histórico de parada cardíaca pela UPA que reanimou e levou o paciente para o Hospital Carmela Dutra na quinta-feira(25). “O estado dele é grave e apresenta um quadro de insuficiência renal aguda, respirando através dos aparelhos”, explicou.

O médico disse que ele precisa de uma UTI, e está no centro de regulação aguardando essa vaga desde sexta-feira(26). Destacou que o quadro dele é grave, no entanto está se mantendo estável, que a pressão e o coração estão funcionando sem uso de medicamentos.

Melo frisou ainda que o quadro preocupa, pois o paciente  apresenta melhora de um lado e piora de outro. “Os rins já apresentaram uma melhora, porém começa a apresentar febre, sinal de infecção sistêmica, por conta do estado de intubação que ele se encontra. O fígado começa a não estar correspondendo, apresentando muita febre”, finalizou.

Nossa equipe conversou também com os familiares de Zeca na tarde de ontem, sábado(27) depois dos vários boatos tomarem conta da rede social de Bom Jesus da Lapa, afirmando que o artista tinha morrido. Eles desmentiram a notícia e falaram  que  os médico estão fazendo de tudo para estabilizá-lo, para que possa transferi-lo para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Que a situação é bastante complicada, e que ele está lutando e nas mãos de Deus.

A ultima apresentação pública que Zeca Bahia fez em Bom Jesus da Lapa foi no dia 17 de dezembro de 2017, organizado pela Secretaria de Turismo e amigos do artista, onde ele recebeu uma homenagem, e afirmou que estava com novos projetos.

Conheça um pouco da vida de Zeca Bahia, filho de Bom Jesus da Lapa.

José Ramos Santos, nasceu em 19 de março de 1950, na Praça do Livro, em Bom Jesus da Lapa. Descobriu que tinha dom para compor aos 10 anos. “Aprendi a tocar violão em uma semana, com Wilson Cai Cai, um craque do futebol. Ele me ensinou os tons com maior boa vontade. Depois de uma semana mandou eu me virar. Foi uma figura muito importante na minha vida. Aos 14 anos compus minha primeira música: ‘Guerra do samba’. Depois, fui criando outras”.

Ao lado de Orlando Fraga, Dr. Nilzo e Evandro Brandão, Zeca fundou a banda ‘Os Terríveis”. Foi um sucesso no Oeste e Sudoeste baianos. Partiu para Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, mas não sobreviveu só de música. Trabalhou na Abril Cultural, Folha de S. Paulo; foi revisor de livro jurídico, de poesia, romance. Entrou em jornalismo, mas não concluiu o curso. “A música me tirou desse caminho e me botou no caminho que eu vivo até hoje, de cantor e compositor”, diz Zeca, que prefere não classificar sua produção artística: “Eu acho que compositor tem que ser eclético e, se ele for eclético, é versátil. Minhas composições podem ser qualquer coisa: um forró, um jingle… o importante é fazer bem feito”.

Zeca tem cinco filhos de dez casamentos – dois deles são adotivos. Não tem remorso das separações. “Fui feliz 10 vezes. Só não deu certo. Não é culpa das mulheres e nem minha. Nós estamos no palco da vida e vivemos em órbita. As coisas mudam, os ciclos mudam, tudo muda…”. Revela um amor imensurável pelos filhos e os dois netos, mas não os vê com frequência.

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