A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) amanheceu nesta segunda-feira (6), que marca o início do segundo semestre letivo para os alunos da instituição, de portões fechados. Os professores da universidade fazem uma paralisação de uma semana, com previsão de término somente no próximo sábado (11). O movimento docente protesta em favor dos direitos trabalhistas da categoria, reajuste salarial e contra o que chamam de déficit orçamentário na instituição.
De acordo o coordenação da ADUNEB, apesar dos inúmeros problemas, o fato que levou ao fechamento da Uneb foi a ameaça do corte das passagens intermunicipais aos professores, que dependem das mesmas para trabalharem nos campi do interior. A luta do Movimento Docente (MD) é a alteração do Decreto de Lei 6.192/97, que limita a compra de passagens, por parte da reitoria da universidade, a apenas 72 km do local de moradia do professor. De acordo com uma circular do Tribunal de Contas do Estado, o corte das passagens na Uneb deverá ocorrer em outubro deste ano.
Outra questão que tem causado revolta na categoria é os cortes de recursos, ou seja, o Déficit orçamentário, imposta pelo governo do estado. Um comunicado da própria reitoria, em 18 de maio, informa que até aquela data “as concessões liberadas para o custeio foram de 47,88% do previsto, enquanto para os investimentos na Universidade foram de apenas 8,35% da previsão orçamentária total. O problema ainda foi agravado com o novo contingenciamento de julho, que deixou de repassar naquele mês à universidade mais 15,59% do valor de concessão orçamentária”, afirma o Sindicato.
No campus XVII da Uneb de Bom Jesus da Lapa, por exemplo, que só inicia as aulas no dia 13 de agosto, depois da romaria, falta até mesmo materiais básicos. E sem poder pagar alugues e contratos fixos do departamento, não está podendo honrar os compromissos.