No último sábado(21), a Secretaria de Igualdade Racial e Diversidade de Bom Jesus da Lapa em parceria com Central Regional das comunidades Quilombolas do Território Velho Chico- CRQ realizaram uma Roda de Conversa para refletir sobre o papel da mulher negra na luta contra a opressão e o racismo na sociedade, além de celebrar duas datas simbólicas para o movimento negro em julho: o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha.
A atividade ocorreu no Campus da Universidade Federal do Oeste da Bahia(UFOB) de Bom Jesus da Lapa. Com o objetivo de Fortalecer a luta das Mulheres Negras contra as varias formas de discriminação as quais vem sendo expostas ao longo dos tempos e discutir as formas de enfrentamentos diários dessas discriminações, visando o empoderamento das mulheres.
No evento, as participantes ressaltaram o papel da mulher negra na luta contra o racismo e a questão de gênero, desafios enfrentados constantemente em todos os espaços, sobretudo no mundo do trabalho.
Mês de luta
Tanto o Dia Nacional de Tereza de Benguela como o Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha são celebrados no dia 25 de julho. Ambos os momentos lembram o importante papel da mulher na luta e resistência contra o racismo.
Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola no século XVIII. Após a morte de seu companheiro, José Piolho, por soldados, ela passou a liderar o Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso. Ficou conhecida como Rainha Tereza e organizou uma estrutura política, administrativa e econômica para a comunidade, que cultivava algodão e tinha plantações de milho, feijão, mandioca, entre outros.
Já o Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, como forma de fortalecer o debate sobre a opressão de gênero e étnico-racial vivida pelas mulheres negras dessa região