Agência Fluvial da Marinha de Bom Jesus da Lapa  realiza campanha de combate à poluição no Rio São Francisco

A Agência Fluvial da Marinha de Bom Jesus da Lapa, está promovendo  palestra de conscientização sobre os impactos do descarte de lixo no rio São Francisco e nos seus afluentes. O trabalho faz parte da Campanha de combate ao lixo no mar da Marinha do Brasil, e tem por objetivo realizar uma série de atividades acerca da conscientização da população ribeirinhas quanto ao descarte dos resíduos sólidos.

Como parte da  da programação, os  militares  realizaram na última quinta-feira(11),    palestras no Assentamento Periperi, localizado às margens do rio Grande (afluente do rio São Francisco), no município de Barra. Já neste sábado(13) foi a vez  de Carinhanha, município que é banhado pelo rio São Francisco e por um dos seus afluentes (rio Carinhanha).

De acordo o Comandante da Agência Fluvial da Marinha de Bom Jesus da Lapa, Capitão Robson Parada da Silva, além das palestras, a proposta é realizar algumas ações juntos com as prefeituras locais, no sentido de realizar mutirões de limpeza no rio São Francisco.   Ele destaca ainda, que em virtude da situação sanitária mundial e decretos municipais, o número de participantes está reduzido nas palestras,  e as medidas de distanciamento e proteção individual estão sendo intensificadas.

Durante as palestras estão sendo  elencados os impactos decorrentes do acúmulo de lixo no mar e nos rios, como:

Meio ambiente: cria uma gama crescente de pressões sobre os ecossistemas marinhos e sobre a biodiversidade. Como exemplo, sacos de plástico e redes abandonadas representam enormes riscos para as tartarugas;

Finanças públicas: cria um ônus econômico para as autoridades locais por meio de aumento de custos e da perda do potencial de receita com atividades de turismo, lazer e recreação;

Economia: representa perda de valor material para a economia, pois pode criar pressões econômicas no setor de transporte/navegação (motores incrustados, perda de produção e necessidade de reparos mais frequentes), custos para a pesca (“pesca fantasma”, por redes perdidas e descartadas) e custos para o turismo (perda de receitas provocada por um menor interesse do turista);

Social: cria riscos para a saúde humana. Além de acidentes, o lixo acumulado provoca liberação de substâncias químicas, com potencial efeito adverso à saúde. Microplásticos contaminam mexilhões, ostras e outros animais que são consumidos pelo Homem.

Melhorar a qualidade ambiental nas cidades, significa melhorar a qualidade de vida das pessoas e o combate ao lixo no mar, por ser um problema complexo, demandará uma nova postura de todos os setores da sociedade na execução de ações que sejam ao mesmo tempo desafiadoras, pragmáticas e viáveis.