O juiz afirmou que a Justiça do Trabalho precisa continuar existindo, e que a justificativa para a instituição não ser extinta, passar por um “trinômio”. “Necessidade, utilidade e eficiência”, e continuou: “a Justiça do Trabalho é uma instituição necessária, porque os conflitos existem, e algum órgão estatal precisa ser responsável pela solução desses conflitos. Que venha ser a própria entrega da prestação jurisdicional. E ela também é, uma justiça que tem utilidade. Na medida que na própria especialização do conhecimento desse ramo, é a melhor, que tem a melhor condição para resolver esse tipo de controvérsia. E por fim, é uma justiça eficiente e mais célere, que tem as menores taxas de congestionamentos. Por isso não há nenhuma necessidade de sua extinção”, finalizou.
O ex-presidente da Subseção da OAB de Bom Jesus da Lapa, Dr. Edvaldo Ramos de Araújo, afirmou que o que se percebe é uma certa insensibilidade na postura das pessoas que assumem os cargos públicos, ou desconhecem a realidade social do país. E que as dificuldades não acontecem só na região, mais em todas áreas do mapa do Brasil. “A Justiça do Trabalho, ainda é a única que atende as necessidade da sociedade, especialmente aqueles mais necessitados, o cidadão comum. Porque as pessoas vem de longe, na certeza que vão ser atendidos em Bom Jesus da Lapa”, disse.
“A diferença dos demais órgão, é essa incerteza. Fecha Comarca e fecha tudo, o cidadão vem de longe, e quando chega fala para ele que o juiz não veio hoje. Não tem justificativa, porque o cidadão deixa de fazer a feira para se deslocar e procurar justiça. Diferentemente do que ocorre na Justiça do Trabalho, o cidadão vem sabendo que vai ser atendido, e o seu direito é garantido e distribuído de forma imparcial, porque é uma justiça independente”, finalizou.
O ato é parte do recém-criado Movimento Em Defesa da Justiça do Trabalho (MDJT) e, segundo os organizadores, foi articulado para rebater insinuações de Bolsonaro de que o Brasil é um dos únicos países do mundo com uma justiça especializada na resolução de conflitos trabalhistas.
Os protestos não receberam apoio da presidência do Tribunal Superior do Trabalho, que encaminhou ofício a todas as Cortes Regionais na sexta, 18, não aconselhando ‘apoio institucional’ ao movimento.
Justiça Trabalhista
A Justiça do Trabalho foi criada em 1º de maio de 1941, por Getúlio Vargas, para solucionar conflitos trabalhistas entre patrões e empregados. Antes disso, em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, que era inicialmente nomeado Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Os órgãos da Justiça Trabalhista são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os Juízes do Trabalho. Qualquer pessoa envolvida na relação de emprego – tanto patrão quanto empregado – pode recorrer à Justiça do Trabalho, em busca de reparação dos prejuízos que lhe foram causados.
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