Uma situação incomum e perturbadora foi registrada no Cemitério Municipal de Palmas de Monte Alto, na região sudoeste da Bahia. O túmulo de Maria do Carmo Pereira, de 69 anos, que foi enterrada no dia 2 de novembro de 2024, foi violado. A filha da idosa, Rosângela Pereira dos Santos Lima, relatou à Delegacia Territorial de Palmas de Monte Alto que, na sexta-feira (3), por volta das 11h, a família tomou conhecimento da violação. De acordo com Rosângela, a mãe havia pedido que um celular e um rádio fossem colocados no caixão antes de sua morte, no dia 1º de novembro, e esses objetos desapareceram após o sepultamento.
A moradora da Lagoa do Couro, Rosângela, informou que não sabe quem poderia ter cometido o crime, mas ressaltou que várias pessoas estavam cientes da presença dos objetos no caixão no momento do sepultamento. O fato, que foge ao comum, foi registrado como furto qualificado com destruição ou rompimento de obstáculo, conforme o Código Penal Brasileiro. O delegado responsável anunciou que uma perícia será solicitada para ajudar na investigação.
O caso levanta a possibilidade de outros crimes, como a violação de sepultura (Art. 210 do Código Penal), que prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa para quem violar uma sepultura ou retirar algo de um cemitério. Outro crime que pode ser configurado é o dano qualificado (Art. 163, parágrafo único), com pena agravada caso a destruição atinja bens culturais ou sentimentais. Além disso, o vilipêndio a cadáver (Art. 212) é um crime que envolve o desrespeito aos restos mortais, com pena de detenção de 1 a 3 anos e multa.
A investigação segue em busca de respostas e de identificar os responsáveis por essa situação que, sem dúvida, abalou a comunidade local.