Na manhã desta quarta-feira (30), um mandado de busca e apreensão foi executado na região de Itapetinga, no Médio Sudoeste da Bahia, durante a Operação Thorin. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa.
Dois empresários alvos da operação foram detidos em Belo Horizonte (MG), onde também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além de um quarto em São João Del Rey. A mineradora é acusada de sonegar R$ 35 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Os nomes dos envolvidos e da empresa não foram revelados. Segundo o promotor Anderson Cerqueira, do Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), os empresários iniciaram suas práticas ao deixar de pagar o ICMS e, posteriormente, abandonaram formalmente a empresa para abrir uma nova. O débito total com o estado é estimado em R$ 50 milhões.
Cerqueira também afirmou que familiares dos empresários estavam sendo utilizados como laranjas para “lavar” o dinheiro obtido por meio da sonegação, uma vez que as contas dos empresários estavam bloqueadas devido a penalidades anteriores. Pelo menos quatro pessoas, incluindo familiares e funcionários da empresa, estariam diretamente envolvidas no esquema.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) revelou que a empresa opera desde 2003 na Bahia e recebeu incentivos fiscais para se instalar no estado. No entanto, começou a sonegar impostos, com a prática sendo descoberta em 2015, quando a Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) começou a notificá-la. A mineradora ignorou as autuações e continuou a sonegação de forma reiterada, seguida de lavagem de dinheiro.