Natália Pereira Oliveira, de 36 anos, faleceu neste sábado (9) após passar quatro meses internada no Hospital da Chapada, em Itaberaba, aguardando transferência para uma unidade de saúde especializada. Ela enfrentava complicações ginecológicas e renais graves, além de um histórico de obesidade e hipertensão, que exigiam cuidados médicos contínuos e hemodiálise.
Internada em estado crítico, Natália sofreu complicações como a perda de um cateter de diálise e trombose venosa profunda, o que agravou ainda mais seu quadro clínico. A família tentou transferi-la para o Hospital da Mulher, em Salvador, mas a solicitação foi negada, deixando a paciente em fila de regulação, aguardando um leito especializado.
A demora na regulação de pacientes e a escassez de vagas em unidades de referência no estado são questões recorrentes no sistema de saúde público da Bahia, e a morte de Natália trouxe à tona as dificuldades enfrentadas por muitos pacientes que necessitam de tratamento especializado. Ela deixa uma filha de 13 anos e outros familiares que lamentam sua partida precoce.
O corpo de Natália está sendo velado na casa dos pais, no Bairro Estocada, em Livramento de Nossa Senhora, e o sepultamento acontecerá em Dom Basílio, cidade natal de Natália.
Essa triste história evidencia a falha no acesso ao atendimento adequado e levanta importantes discussões sobre a necessidade de melhorias no sistema de saúde, especialmente no que diz respeito à regulação e à distribuição de leitos em unidades especializadas. A família e os amigos de Natália agora se perguntam até quando outros pacientes terão que enfrentar a mesma ineficiência do sistema.