O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Polícia Federal (PF) prenderam, nesta terça-feira (26), três pessoas suspeitas de tentar obstruir investigações sobre um grupo miliciano que atua em Feira de Santana. Um dos presos é advogado de um dos envolvidos na Operação El Patrón, que desarticulou a organização criminosa em dezembro de 2023, investigada por crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem e receptação qualificada. A nova operação, chamada Patrocínio Indigno, visa desmantelar tentativas de obstruir a investigação.
O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, foi apontado como líder do grupo. Em dezembro de 2023, ele foi detido com uma pistola, mas liberado em três dias pela Polícia Civil e responde em liberdade. Sua esposa, Mayana Cerqueira da Silva, foi presa em abril, durante um desdobramento da operação, a Operação Hybris.
Além do advogado, os outros dois detidos são um investigado já preso em Serrinha e a esposa de um detento, que cumprirá prisão domiciliar devido a ser mãe de uma criança menor de 11 anos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
As investigações indicam que o advogado, um preso e sua esposa destruíram provas digitais relacionadas aos crimes do grupo. Se condenados, os envolvidos podem enfrentar penas de até 8 anos de reclusão. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências, no escritório de advocacia em Feira de Santana e no Conjunto Penal de Serrinha. A operação contou com a colaboração da SSP-BA, Receita Federal e Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral (Force).