A estiagem prolongada na cidade de Brumado, na Bahia, tem provocado a morte de animais e pode, inclusive, comprometer a reposição de abates no próximo ano.
Ao site Achei Sudoeste, o morador da comunidade de Lagoa do Jurema, o pecuarista Jair Bittencourt, 57 anos, disse que o cenário é devastador, visto que a estiagem já dura cerca de 4 meses.
“Em agosto ficamos com 90 milímetros de chuvas, mas, de lá para cá, não tivemos mais. O normal é novembro e dezembro de chuvas, mas até o momento ela não veio”, lamentou.
Para tentar suprir a baixa oferta de pasto e evitar novas perdas, o criador tem recorrido à compra de caroço de algodão. O suplemento no cocho, no entanto, não é o suficiente para manter o desempenho do rebanho.
“Na média, perderam mais de 100 kg por animal só neste período. O que vem é um sentimento de impotência”, completou.
O produtor rural João Bernardes, da comunidade de Algodões, também teve de se reinventar para manter o rebanho vivo. “É necessário abrir a porteira, unir lotes, o que acaba refletindo negativamente. No próximo ano vai haver um atraso na terminação destinada ao abate”, falou.
Segundo ele, a irregularidade das chuvas não proporciona um crescimento adequado das pastagens e isso prejudica o desempenho da criação.