Combate à carne clandestina na Bahia depende de mudança cultural e de mais abatedouros para bovinos, avalia diretor da Adab

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Foto: Reprodução / Adab

Um terço da carne abatida na Bahia é clandestina, levantando sérios alertas sobre os riscos à saúde pública. O estado é conhecido por ser o líder em rebanho de caprinos e ovinos e o sétimo em abate de bovinos no Brasil. A prática irregular, realizada em locais sem higiene e fiscalização, continua atraindo consumidores devido ao custo aparentemente mais baixo.

Paulo Luz, diretor-geral da Agência Estadual de Defesas Agropecuárias (Adab), destaca que a diferença de preço entre abate clandestino e formal é mínima, cerca de R$ 30. A falta de inspeção expõe os consumidores a carnes potencialmente contaminadas. Embora o abate de aves tenha evoluído para práticas mais seguras, o de bovinos ainda enfrenta desafios significativos.

Um caminho para melhorar os índices de abate regular é a criação de mais abatedouros, uma solução viável, segundo Luz, que sugere parcerias públicas e privadas. Um exemplo positivo é o abatedouro de Bom Jesus da Lapa, construído pelo governo do estado e atualmente administrado por um empresário que venceu uma concorrência pública. Esse modelo, que cobra uma taxa “por cabeça”, oferece uma alternativa sustentável e garante carne de qualidade para a população.

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