Um capitão da Polícia Militar e um outro homem foram presos em flagrante sob suspeita de ameaçar e tentar extorquir um comerciante na cidade de Santo Estevão (a 170 km de Salvador). O agente, identificado pelo prenome Iving, estava fardado no momento da prisão, na tarde de quinta-feira (12). O nome do outro suspeito não foi divulgado. A Polícia Militar diz que vai apurar o caso.
Segundo a Polícia Civil, o alvo da dupla foi um senhor de 64 anos, que procurou a delegacia de Santo Estevão para relatar a ameaça. Em depoimento, ele disse que ambos utilizavam distintivos e se passavam por policiais civis. Conforme o idoso, os suspeitos entraram em contato com ele no dia 3 de setembro para cobrar uma dívida de R$ 70 mil.
O prazo para que o pagamento fosse feito era até esta quinta. Após ser ouvido na unidade policial, o comerciante foi orientado a marcar um horário e um ponto de encontro com os supostos policiais civis.
No local do combinado, os suspeitos receberam voz de prisão dentro de um carro. O capitão da PM é lotado na cidade de Feira de Santana. Ele foi encaminhado para o Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.
O outro homem, que não é policial, estava com uma pistola 9mm e dois carregadores municiados, que foram apreendidos e passarão por perícia. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e extorsão.
Procurada pelo reportagem, a Polícia Militar informou por meio de sua assessoria que o flagrante do oficial está sendo formalizado no Complexo Policial do Sobradinho, com o acompanhamento do comandante da área onde está sediada a delegacia, bem como do comandante do agente. A presença dos superiores é para que todos os procedimentos legais sejam rigorosamente seguidos.
A corporação diz que tomará todas as providências necessárias para a completa apuração dos fatos, “garantindo a devida responsabilização de quem tenha descumprido a lei”. “A Polícia Militar da Bahia (PMBA) e o Comando de Policiamento da Região Leste reafirmam seu compromisso com a legalidade e a transparência”, afirma no comunicado.