A Secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), registrou neste ano treze casos da doença de Haff, também conhecida como “doença da urina preta”. De acordo com as informações divulgadas pela Secretária, as notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas, Salvador, Maraú, Mata de São João, Camaçari e Simões Filho.
A Sesab ainda informou que os 13 casos confirmados entre janeiro e setembro são de pacientes de 20 a 79 anos e que a faixa etária mais atingida é a de 34 a 49 anos, com sete casos. A faixa etária de 20-34 anos ficou em segundo lugar com cinco casos seguida por ‘idade ignorada’. Entre os casos, 66% dos acometidos foram do sexo masculino.
A doença de Haff é uma síndrome que consiste em rabdomiólise (condição clínica definida por lesão muscular com liberação de conteúdo intracelular) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência, perda de força em todo o corpo e urina “cor de café”, associada à elevação sérica de creatinofosfoquinase (CPK).
A doença não possui tratamento específico e está correlacionada a ingestão de crustáceos e principalmente de pescados. A Sesab recomenda que ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde.
Em 2020 foram notificados 45 casos e confirmados 40, nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Entre Rios, Dias D’Ávila e Candiba. Enquanto em 2019 não houve notificação de casos, em dezembro de 2016 e janeiro de 2017 foram registrados 71 casos, nos municípios de Salvador (66), Vera Cruz (1), Dias D’Ávila (1), Camaçari (1), Feira de Santana (1) e Alcobaça (1).
Os casos verificados nos anos de 2016 e 2017 resultaram em dois óbitos, sendo um em paciente de Salvador e outro de Vera Cruz, ambos com comorbidades. (Bahia.ba)