O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sinalizou que o sistema de voto impresso, bandeira levantada pelo presidente Jair Bolsonaro, não será viável para as eleições de 2022, ainda que o Congresso Nacional aprove a medida. De acordo com o órgão, não há tempo para a implantação.
Através de uma nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo, o TSE afirmou que “a implantação do voto impresso envolve um procedimento demorado, embora não seja possível, neste momento, estimar sua duração.”
O TSE disse ainda que, para que a prática seja adotada no país, é necessário que seja feita uma licitação “pautada por rígidos trâmites administrativos e burocráticos tendo em vista o tempo necessário para as especificações técnicas e a margem de imprevisibilidade decorrente dos procedimentos de qualificação e dos eventuais recursos administrativos e judiciais”.
Apoiadores do presidente pressionam para a modificação do sistema de votação brasileiro, apontando uma suposta vulnerabilidade do atual método, a urna eletrônica. As suspeitas nunca foram comprovadas pelos defensores do voto impresso.
Na nota enviada à Folha, o TSE frisou que cumpre a Constituição e a legislação “tal como interpretadas pelo Supremo Tribunal Federal” e que o sistema de urnas eletrônicas é “confiável e auditável em todos seus passos”.