Bolsonaro sanciona projeto e autoriza Brasil a assumir risco por efeitos adversos de vacinas

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Usando máscara, o presidente Jair Bolsonaro participa de um evento no Palácio do Planalto Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Em cerimônia para sanção de propostas que facilitam e aceleram a compra de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, ministros e auxiliares mudaram a postura ao adotar o uso de máscara e o distanciamento social no Palácio do Planalto. A atitude marca um novo movimento do chefe do Executivo para tentar aplacar o desgaste que se acentua à medida que aumenta o número de mortes por coronavírus.

Em discurso, Bolsonaro afirmou que “o Brasil está fazendo o seu trabalho e o governo está fazendo a sua parte”. Em seguida, ele defendeu a vacinação e destacou que a sua mãe, Olinda, recebeu as duas doses do imunizante CoranaVac. O presidente, que já criticou a “vacina chinesa” no passado, tentou alegar que ela havia recebido dose da vacina de Oxford durante uma transmissão nas redes sociais.

Bolsonaro não falou contra o isolamento, evitou as críticas que sempre fez ao lockdown, mas voltou a defender o tratamento precoce contra a doença.

No mesmo evento, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que no início da pandemia chegou a participar de manifestações ao lado de Bolsonaro, recomendou nesta quarta-feira que as pessoas adotem medidas de isolamento para conter a propagação da doença.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as vacinas resultam em “tranquilidade para o povo”. Ele também enalteceu a produção de vacinas de instituições como a FioCruz e o Butantan – o último responsável pela CoronaVac.

Pazuello citou como uma das estratégias da pasta a “vacinação em massa”:

O Brasil soma mais de 266 mil óbitos pela doença. Na segunda-feira, a média móvel de mortes bateu o recorde pela décima vez consecutiva, chegando a 1.540, de acordo com o boletim do consórcio dos veículos de imprensa.

(*)Com informações O Globo