Enfermeira vacinada na Bahia pega covid-19 antes de tomar 2º dose

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Camila Souza/GOVBA

A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, está internada em Salvador (BA) depois de contrair a covid-19. Foi a 1ª pessoa vacinada na Bahia, no dia 19 de janeiro.

Maria Angélica tem quadro clínico estável. A profissional de saúde começou a sentir os sintomas da doença 3 dias antes de receber a 2ª dose da vacina.

Ceuci Nunes, diretora do Instituto Couto Maia, onde a enfermeira está internada, disse que o caso não tem “nada a ver” com uma reação adversa à vacina. A enfermeira recebeu uma dose da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“A proteção maior [contra covid-19] ocorre após a aplicação da 2ª dose”, afirmou a diretora em comunicado do Governo da Bahia. Nunes declarou que não existe a possibilidade de nenhuma das vacinas que estão sendo aplicadas na população causar a doença.

“As vacinas são comprovadamente eficazes para evitar os casos graves da covid-19, mas ainda não existe confirmação de que possam evitar que as pessoas contraiam a forma leve do coronavírus”, falou.

Nunes também disse que mesmo as pessoas vacinadas devem continuar usando máscara e mantendo distanciamento social, “até que pelo menos 60% da população brasileira esteja imunizada”.

Pessoas vacinadas ainda podem ser infectadas pelo coronavírus e desenvolver a covid-19. A CoronaVac, aplicada em Maria Angélica, tem uma eficácia global de 50,38%.

Esse dado significa que o imunizante reduz em 50,38% a contaminação na população vacinada. Além disso, evita os casos graves da doença e mortes em decorrência dela e reduz em 78% o surgimento de casos leves da covid-19.

Essa proteção só passa a valer depois da aplicação da 2ª dose da vacina, que serve como um reforço na proteção. No caso da CoronaVac, a 2ª dose deve ser aplicada de 14 a 28 dias depois da 1ª aplicação.