O desemprego no Brasil aumentou para a taxa recorde de 14,6% no terceiro trimestre deste ano, atingindo 14,1 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice corresponde a um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao segundo trimestre (13,3%) e de 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado (11,8%).
“Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no País”, informou o IBGE.
A população ocupada (82,5 milhões) chegou ao patamar mais baixo da série histórica e caiu 1,1% (menos 880 mil) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) em relação ao mesmo trimestre de 2019.
Com o novo recuo, o nível de ocupação encolheu para 47,1%, o menor da série histórica, contra 47,9% no trimestre anterior (47,9%). Desde o trimestre encerrado em maio, o nível de ocupação está abaixo de 50%.
Estados
No terceiro trimestre de 2020, o índice de desocupação subiu em dez Estados e ficou estável nos demais, conforme o IBGE. As maiores taxas foram registradas na Bahia (20,7%), em Sergipe (20,3%) e em Alagoas (20,0%). Já a menor foi verificada em Santa Catarina (6,6%).
No Rio Grande do Sul, o desemprego ficou em 10,3%, a quarta taxa mais baixa do País, atrás de Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná. O total de desempregados no RS chegou a 574 mil.