Redação Geraldo José
Desde o mês passado, por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a vazão da UHE Xingó passou a 2.000 m³/s para atendimento às necessidades do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A vazão média diária da Usina Hidrelétrica de Xingó foi elevada no último dia 24 de setembro para 2.000 m³/s, por solicitação do ONS, que coordena a operação do SIN. A Chesf informa, ainda, que a vazão média diária da UHE Xingó poderá ser elevada para o patamar de 2.500 m³/s no decorrer dos próximos dias, a depender da necessidade de atendimento ao SIN.
A novidade é que a barragem de Sobradinho a partir da próxima sexta-feira (30), passa a ter uma vazão de 1.100 metros cúbicos por segundo e pode ser elevada gradativamente superando 2000 m3/s no próximo mês de novembro.
O site da Chesf consta que as manobras são possíveis devido a recuperação do armazenamento do Reservatório de Sobradinho durante o último período úmido, foi possível a elevação da produção de energia nas usinas operadas pela Chesf no Rio São Francisco. Atualmente, estas usinas são respondem por 38% da energia gerada na Região Nordeste.
A Chesf destaca que no auge da crise hídrica, quando as usinas operavam com uma vazão da ordem de 550 m³/s, a produção de energia correspondia a cerca de 15% da energia gerada na Região Nordeste.
O aumento da vazão, de maneira geral, beneficia as comunidades ribeirinhas à jusante do Rio, pois possibilita melhores condições para os usos múltiplos das águas, a exemplo do abastecimento humano e da possibilidade de navegação no curso do Velho Chico.
HISTÓRICO: Com a estiagem ocorrida na Bacia do Rio São Francisco nos últimos sete anos, foi necessária a reavaliação, em caráter temporário, da vazão mínima de restrição a ser praticada pelos reservatórios de Sobradinho e Xingó. Desta forma, em abril de 2013, a Chesf foi autorizada, pela Agência Nacional de Águas – ANA e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, a reduzir, gradativamente, a vazão de restrição mínima de 1.300 m³/s para os patamares de 1.100 m³/s, 1.000 m³/s, 900 m³/s, 800 m³/s, 700 m³/s, 600 m³/s e 550 m³/s, tendo como consequência a redução da geração de energia elétrica nas usinas do Rio São Francisco operadas pela Chesf.