Desemprego na pandemia sobe 27,6% desde maio e atinge quase 13 milhões de brasileiros

0
GrupoSCosta-350x250px

O Sul

País encerrou o mês de agosto com 12,9 milhões de desempregados, quase 3 milhões a mais que o registrado no começo de maio Foto: EBC

O Brasil encerrou o mês de agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, o que corresponde a uma alta de 27,6% no período. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Já a população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 84,4 milhões de pessoas, acumulando redução de 2,7% em relação a maio. Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,6%. Entre as cinco regiões do país, as maiores taxas foram observadas no Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%).

Já as regiões Centro-Oeste (12,2%) e Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional. O IBGE destacou que a Região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada na passagem de julho para agosto.

Os números do desemprego acumulados ao longo de agosto ficaram abaixo do registrado no fechamento da quarta semana do mês, terminada no dia 29. Até aquela data, o país havia registrado recorde no número de desempregados durante a pandemia, com este contingente somando cerca de 13,7 milhões de pessoas, o que deixou a taxa em 14,3%.

Pnad Covid X Pnad Contínua

O levantamento foi feito durante o mês de agosto por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, e apontaram uma alta do desemprego para 13,3%, com queda recorde no número de ocupados.