Um rearranjo inédito com parcerias privadas está prestes a dar vida para a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. São três soluções distintas. No primeiro trecho, de 537 km, que sai de Ilhéus (BA) e avança até Caetité, as obras estão com 76% de execução física. O Porto Sul, em Ilhéus, destino da ferrovia, começou a ser construído em julho pela Bahia Mineração (Bamin), empresa controlada pelo Eurasian Resources Group (ERG), do Cazaquistão.
A Bamin é a maior interessada em assumir o novo trecho da ferrovia, que terá seu edital de concessão publicado até o fim do ano, com leilão marcado para o primeiro trimestre de 2021. O investimento previsto para a conclusão é de R$ 1,6 bilhão.
“A Fiol, que, com o Porto Sul vai criar um novo corredor logístico na Bahia e no Nordeste, é fundamental para o nosso negócio”, diz Alexandre Aigner, diretor financeiro e de relações institucionais da Bamin. “Nosso plano é usar esse corredor para nossa produção de ferro de até 18 milhões de toneladas por ano, e esperamos desempenhar nossa parte para tornar a próxima concessão um sucesso.”
Para o trecho central da ferrovia, de 485 km entre Barreiras (BA) e Caetité, já foram reservados R$ 410 milhões para compra dos trilhos que faltam para o traçado. O dinheiro tem origem na renovação antecipada das concessões da Vale. Para o terceiro lote, o Ministério da Infraestrutura negocia mais uma parceria com o setor privado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.