Alegando perseguição em cassação de mandato Alfredinho diz que recorreu da decisão do TRE e quer ser julgado pelo povo

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Foto: Divulgação

Um dos assuntos mais comentados nos bastidores da politica da região de Bom Jesus da Lapa, a decisão  do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia contra a chapa do ex-prefeito de Sítio do Mato,  Alfredo de Oliveira Magalhães Júnior (PDT), na última segunda-feira(27), foi tema de  entrevista no Programa Trocando em Miúdos desta sexta-feira(31) na Rádio Baiana FM. O ex-gestor falou pela primeira vez  sobre a decisão do TRE que decidiu pela cassação do seu mandato, afastando também a vice-prefeita, Sofia Márcia Nunes Gonçalves, que vem assumindo a prefeitura, e determinando novas eleições no município.

A decisão da justiça não foi cumprida até o momento. A presidente da Câmara Marta não assumiu a Prefeitura, alegando que “são calúnias e uma grande injustiça” provocadas pela oposição. Já o ex-prefeito Alfredinho informou que recorreu da decisão na última quinta-feira (30). A Prefeita Márcia não participou da entrevista.

Na versão de Alfredinho ele sofre perseguição política em Sítio do Mato. Que quando prefeito, por conta de denúncias da oposição teve suas contas da Prefeitura rejeitadas pelo Órgão fiscalizador (TCM) e a Câmara de Vereadores, maioria na época, confirmou a rejeição.

Sobre a decisão dessa semana que cassou a chapa por ele encabeçada na eleição passada, Alfredo disse que no julgamento de segunda-feira passada não pôde fazer a defesa pois estava em viagem e não conseguiu chegar a tempo. Tendo o placar desfavorável de (7×0) sete votos favoráveis pelos ministros do TRE pela cassação da chapa.

Alfredo atribuiu toda essa situação a perseguição de adversários políticos. “Tem uma liminar dizendo a prefeita tem que ser afastada. Quem vai governar Sitio do Mato? (…) “A prefeita Marcinha também está sendo injustiçada”, disse o ex-prefeito.

Em tom de inconformidade Alfredo Magalhães disse que quer ser julgado pelo povo. “Quero perder ou ganhar de uma forma correta. Julgado pelo povo na eleição, dia 15 de novembro. Quero saber se mereço a reeleição ou não”.

Alfredinho Magalhães foi eleito em 2012 com 39,57% do votos válidos e em 2016 com 65,30% . Neste caso não poderia ser candidato. Devendo apresentar um nome que o represente.

Sobre a cassação do mandato de Alfredinho e Sofia Márcia o Tribunal entendeu ter havido rejeição de contas, por ato doloso de improbidade, inclusive com lesão ao erário, em razão de inúmeras violações à Lei de Improbidade.

O relator do processo foi o juiz Freddy Carvalho Pitta Lima, com composição dos juízes Henrique Gonçalves Trindade, Ávio Mozar José Ferraz de Novaes, José Batista de Santana Júnior e Pedro Rogério Castro Godinho, além dos desembargadores Jatahy Júnior, Roberto Maynard Frank.

O ex-prefeito Alfredinho informou que recorreu da decisão na última quinta-feira (30) e espera reverter a decisão.