Bolsonaro diz que “tomará medidas legais” contra violação de direitos de aliados

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Presidente respondeu às cobranças nas redes sociais | Foto: Isac Nóbrega / PR / Divulgação CP

Pressionado por seus apoiadores a se manifestar sobre operação da PF (Polícia Federal), o presidente Jair Bolsonaro quebrou o silêncio na noite desta terça-feira (16), falou em “abusos” e disse que tomará todas as medidas legais para proteger a Constituição. Em tom de retruque ao STF (Supremo Tribunal Federal), ele frisou que não pode “fingir naturalidade” diante do que está acontecendo.

Sem citar os mandados de busca e apreensão que atingiram seus aliados, Bolsonaro não deixou dúvidas sobre o destinatário de suas críticas nesse momento de tensão. “Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas”, escreveu o presidente nas redes sociais. “Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade dos brasileiros”.

Bolsonaro afirmou que o histórico de seu governo “prova” que ele sempre esteve ao lado da democracia e da Constituição. “Os abusos presenciados por todos nas últimas semanas foram recebidos pelo governo com a mesma cautela de sempre, cobrando, com o simples poder da palavra, o respeito e a harmonia entre os poderes. Essa tem sido nossa postura, mesmo diante de ataques concretos”, acrescentou o presidente.

Ele havia orientado pessoas próximas a evitar manifestações públicas sobre a Operação Lume da Polícia Federal, que investiga seus aliados no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro do STF Alexandre de Moraes, determinou a quebra de sigilo bancário de dez deputados federais e um senador bolsonaristas. Moraes também é relator do inquérito das fake news.

Bolsonaro decidiu romper o silêncio, no entanto, após ser cobrado nas redes sociais. “Só pode haver democracia onde o povo é respeitado, onde os governados escolhem quem irá governá-los e onde as liberdades fundamentais são protegidas. É o povo que legitima as instituições, e não o contrário. Isso, sim, é democracia ”, disse ele.