Alvo de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (27) no âmbito do inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), que apura a produção de informações falsas e ameaças à Corte, o ex-deputado federal Roberto Jefferson usou as redes sociais para se manifestar.
O atual presidente do PTB recebeu os agentes da Polícia Federal em seu sítio no município de Comendador Levy Gasparian, no Sul do Rio de Janeiro. Pelo Twitter, ele comparou os mandados expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes ao nazismo.
“TRIBUNAL DO REICH. Instituído por Hitler, após o incêndio do Parlamento, aquele tribunal escreveu as páginas mais negras da justiça alemã, perseguindo os adversários do nazismo. Hoje o STF, no Brasil, repete aquela horripilante história. Acordei às 6 horas com a PF em meu lar”, escreveu.
Em entrevista, Jefferson disse que deixou o celular na casa da sua sogra e que, por isso, os agentes da Polícia Federal não encontraram o aparelho no sítio. “Não acharam nada ilegal na minha casa, o meu celular está lá na casa da minha sogra porque eu visitei a minha sogra e esqueci o celular lá. Então, eles revistaram a minha casa toda e não acharam o meu celular”, afirmou.
O delator do mensalão disse que não vai entregar o telefone à PF. “Estou intimado a comparecer, eu não vou entregar o meu celular não. O meu celular é o que eu falo com todo mundo, não tem crime no meu celular. Vai levar o meu celular por quê?”, questionou.
Ele informou que os agentes apreenderam computadores e armas, e classificou a atitude como “soez, covarde, canalha e intimidatória, determinada pelo mais desqualificado ministro da Corte. Não calarei. CENSURA”.