Com o tombo histórico nos emplacamentos durante a pandemia de coronavírus, o futuro das concessionárias de veículos no Brasil é incerto. Das 7.300 lojas existentes no País, cerca de 2,2 mil podem fechar definitivamente ainda em maio, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
“Trinta por cento não suportam mais 15 dias por falta de liquidez”, disse o presidente da entidade, Alarico Assumpção. De acordo com Fenabrave, além da paralisação das lojas por conta das regras de isolamento social, os bancos não estão repassando o dinheiro para crédito, apesar da liberação do Banco Central.
As concessionárias de veículos brasileiras empregam atualmente 315 mil colaboradores. “Precisamos de previsibilidade, não temos um cenário, um norte”, ressaltou Alarico.
Além de pedir a reabertura dos negócios, a Fenabrave trabalha junto com as montadoras de veículos para a liberação de R$ 40 bilhões em empréstimos para que o setor automotivo passe pela crise. “Precisamos de capital de giro para que o empresário possa trabalhar. Queremos esse dinheiro ao custo de mercado”, prosseguiu o dirigente.
Entre outras reivindicações, os donos de concessionárias também estão pedindo aos governos o adiamento do pagamento de impostos por 120 dias e negociando com as montadoras maiores prazos para a quitação de veículos e peças.