Para quem acompanha as sessões da Câmara de Vereadores de Bom Jesus da Lapa sabe que uma boa parte do tempo das reuniões é destinado para indicações e requerimentos dos vereadores, quase sempre direcionados ao Poder Executivo. Os parlamentares justificam as suas solicitações, em sua maioria, naquilo que a população cobra como: melhorias das estradas da zona rural, calçamento de vias, iluminação pública, tapa buracos, construção de postos de saúde, melhorias na saúde, entre outros temas. Entretanto, algumas respostas têm demorado a chegar ao Legislativo, fato que tem causado questionamentos duros na Casa legislativa.
Nesta terça-feira(5), três vereadores falaram sobre esse assunto, e cobraram uma posição do Governo Municipal. O primeiro a falar foi o vereador Romeu Thessing, quando estava em votação o requerimento do Vereador Nerivaldo, que solicitava a construção de um novo Mercado do Peixe em Bom Jesus da Lapa.
Romeu destacou que já havia sido discutido na Casa no primeiro semestre do Legislativo sobre a falta de resposta do Executivo com os requerimentos aprovados nas sessões, e disparou: “tomara que o senhor Nerivaldo, tenha sucesso nesse requerimento. E nós teremos que parar, e tem pessoas que dão até indireta aqui, o vereador fala muito, discursa muito, mais eu vou mudar de agora para frente, mudar o discurso e também vou começar a cobrar, que esses requerimentos que nós estamos aqui apresentando para eles serem votados; para que eles também comecem a sair do papel. Eu estou cansado de discurso, e o povo na realidade quer ação, e quem dá ação é o Governo Federal, é o Governo Estadual e o Governo Municipal”.
Logo em seguida, o Vereador Irmão Romilson completou: “externo a minha preocupação como colocou o vereador Romeu no atendimento no trato com os requerimentos aqui colocados nessa Casa, que até o presente já estamos no mês de setembro e até agora não foram atendidos nada, eu particularmente já deixei de fazer requerimento. Eu sou cobrado pela população por onde passo, o pessoal me aponta situações dentro do município que estão erradas, que estão incorretas, agora a gente fica de pés e mãos atadas, porque primeiro tem que cumprir o que está na fila para depois a gente pedir mais; eu quero colocar essa situação. E frisou ainda a necessidade de sentar com o Prefeito Eures Ribeiro para discutir essa questão juntamente com a presidência da Câmara.
Por fim, o vereador Jair Gomes reforçou suas solicitações que não foram ainda atendidas. “O prefeito não vem atendendo requerimentos de vereador, e nem só aquelas indicações de construção de algo no município.” E afirmou que a gestão “está negando as informações nas suas solicitações”.
O presidente da Câmara, o vereador Miguel Leles, informou aos edis que o prefeito Eures Ribeiro vai sentar com os vereadores para dar um parecer sobre cada requerimento. “Com relação as solicitações que os colegas fizeram, de despachar esses requerimentos e serem atendidos. Na ultima reunião que tivemos com o prefeito, o prefeito ficou de despachar diretamente com os vereadores, os vereadores podem pegar semanalmente ou quinzenalmente a cópia dos seus requerimentos e despachar diretamente com o prefeito, e ver quais são os requerimentos que ele vai poder atender e os que ele não vai poder atender, e assim também, nós termos uma resposta concreta para informar a população de quais requerimentos solicitados serão atendidos.
Miguel frisou ainda que algumas solicitações precisam de ações dos secretários do município. “Temos que não medir esforços para ir até as secretarias; essa solicitação foi atendida, essa não foi atendida. Nosso papel aqui é cobrar e procurar levar as melhorias necessárias para a população, e se não fomos atendidos, temos que informar que não fomos”, falou.
Além de requerimentos e indicações, os vereadores também podem, legalmente, fazer Projetos de Lei, desde que não gere despesas para a Prefeitura. Por exemplo: obrigar a Prefeitura a realizar a pavimentação asfáltica de ruas, construir escolas ou qualquer obra. Por isso, que a opção máximo que os vereadores podem fazer, nestes casos, é sugerir indicações, porém o prefeito não tem a obrigação legal de atendê-las. Diferente do requerimento para informações que tem o prazo de trinta dias para obtenção das respostas.