Com nova metodologia, Brasil tem 433 casos suspeitos de coronavírus

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O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, atualiza a situação do coronavírus. Foto: Reprodução/Twitter

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, atualizou nesta segunda-feira (2) a situação do coronavírus no Brasil e no mundo. São 87.137 casos confirmados em todo globo, com registro de 2.977 óbitos e letalidade global. Atualmente, 58 países já registraram casos de coronavírus. No País, após a mudança de metodologia de cálculo, são 433 suspeitos, dois confirmados e 162 descartados.

O aumento do número é atribuído, entre outros fatores, à mudança de metodologia de cálculo. As notificações, que antes eram centralizadas pelo Ministério da Saúde, passam a vir da unidades de saúde, que agora repassam os dados às Secretarias Estaduais de Saúde.

O secretário Wanderson lembrou que em breve haverá mudanças climáticas com circulação de todos os vírus respiratórios. “Podemos ter, também, circulação do coronavírus. Temos vigilância sentinelas em todo o Brasil, que fazem o monitoramento e vigilância de casos graves em hospitais”, afirmou.

Sobre a rede de laboratórios, Wanderson explicou que está sendo expandida a capacidade de testes laboratoriais para todo o Brasil. “Os laboratórios vão receber capacitação nas próximas duas semanas. Será realizado pela Fiocruz”, relatou.

Todos os Estados estarão em breve capacitados a realizar testes, começando pelo Rio Grande do Sul e Estados do Sul. No máximo em 20 dias cada um deles deverá estar preparado, afirmou o secretário.

O Ministério da Saúde está adquirindo 30 mil testes da Fiocruz para diagnóstico do coronavírus. “Estamos expandindo a capacidade de testes laboratoriais para todo o Brasil, explicou o secretário Wanderson.

Máscaras e Brasil preparado

Durante a coletiva foi reafirmado que quem não apresenta sintomas não necessita de máscara e que o País está preparado para o coronavírus.

“As pessoas que não têm sintoma não precisam usar máscaras. O Brasil está preparado para essa emergência. Fiquem atentos, pois sempre temos boletins atualizados, site atualizado”, disse o secretário.

Higiene

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde reforçou as recomendações de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

País continental

O ministro Luiz Henrique Mandetta também lembrou que o Brasil é um país continental e que há diferenças de ecossistemas entre os Estados.

“O Rio Grande do Sul foi o mais afetado pelo H1N1 e é onde está o maior número de idosos”, exemplificou.

Segundo Mandetta, o fato de São Paulo ter sido o primeiro Estado a ter casos confirmados, também foi favorável. “É o Estado com mais estrutura”, afirmou.