Polícia Federal faz operação para investigar suposto desvio de R$ 50 milhões no extinto Ministério do Trabalho

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A operação foi batizada de Gaveteiro Foto: PF/Divulgação

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06), uma operação para investigar o suposto desvio de R$ 50 milhões no extinto Ministério do Trabalho. As irregularidades teriam ocorrido entre 2016 e 2018.

Durante a operação, chamada de Gaveteiro, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

O alvo da PF é uma organização criminosa que, de acordo com as investigações, fez uma contratação de fachada de uma empresa para fornecer serviços de tecnologia ao ministério. Segundo a polícia, a contratação serviu apenas para o grupo efetuar o desvio milionário dos recursos públicos, simulando o pagamento por um serviço aparentemente legal.

A PF também determinou o bloqueio de cerca de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Além disso, a operação obteve na Justiça medidas cautelares impedindo os suspeitos de deixarem o Brasil.

A polícia afirmou que os investigados poderão ser enquadrados nos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. As penas, se somadas, podem chegar a 40 anos de prisão.

No governo do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério do Trabalho foi extinto. As atribuições que cabiam à pasta foram para o Ministério da Economia.

Entre os alvos dos mandados de busca nesta quinta, estão Ronaldo Nogueira, ex-ministro do Trabalho de Michel Temer e atual presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde); Pablo Tatim, ex-assessor da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro; e o ex-deputado federal Jovair Arantes.