Parlamentares e integrantes do MPF (Ministério Público Federal) querem aproveitar a dificuldade de implementação do juiz das garantias na Justiça Eleitoral para impulsionar o debate sobre a possibilidade de rever a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de 2019, que delegou a esse ramo do Judiciário a análise de casos de caixa dois combinados a crimes como lavagem de dinheiro.
Projetos que sustam a ordem da Corte têm apoio de adeptos da Lava-Jato no Congresso. Ministros do Supremo, porém, veem o movimento com ceticismo. Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei complementar está pronto para ser levado a plenário, mas encontra resistência entre líderes de centro-direita.
O debate sobre a decisão do STF voltou à tona porque, se a Justiça Eleitoral não tivesse assumido casos de corrupção, o juiz das garantias não precisaria ser aplicado neste ramo do Judiciário – a nova figura jurídica criada pelo Congresso cobre somente processos da área penal. As informações são da Coluna Painel.