A cidade de Sítio do Mato, a 45 quilômetros de Bom Jesus da Lapa, ganhou um novo prefeito na manhã desta sexta-feira (22). É que o titular do cargo, Alfredo de Oliveira Magalhães Júnior (PDT), apresentou uma carta-renúncia aos vereadores e deixou o comando da prefeitura após longa batalha judicial.
Em seu discurso de renúncia na Câmara de vereadores para seus apoiadores, o gestor fez uma retrospectiva da sua trajetória política no município, fazendo duras críticas a oposição política da cidade por diversas denúncias ao seu mandato. Ele afirmou que do início do ano até agora recebeu quase 50 denúncias, que disse ser de forma injusta. “[…] eles querem me condenar de qualquer forma, e eles não vão me condenar, porque eu não fiz nada de errado. E é por isso que eu estou no poder pela terceira vez[…] se eles pensam que vão me derrubar na justiça, eles não vão me derrubar na justiça não”, disse.
Ele afirmou ainda, que o colegiado não tem condição de caçar o seu mandato, e disse que “por isso irá provar que é inocente”. Na oportunidade anunciou a sua ex-esposa, Sofia Márcia Nunes Gonçalves, atual vice, como Prefeita e pré-candidata às eleições em 2020. E concluiu o seu discurso agradecendo aos seus eleitores e a Câmara de Vereadores pelo apoio, convocando o legislativo e a população para se unirem a nova prefeitura da cidade.
Cassação
No último mês de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) cassou o mandato de Alfredinho, por improbidade administrativa, vinculado a autopromoção em 2017. Afirmando que o gestor fixou sua fotografia pessoal em um posto de saúde do município e utilizou as mesmas cores da sua campanha pela reeleição ao cargo para pintar estabelecimentos públicos do município.
Em outra decisão do MPF no último mês fevereiro, Alfredinho foi condenado por improbidade administrativa e teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos por não prestar contas de verbas federais.
Já em março a Justiça Eleitoral cassou o diploma eleitoral do prefeito de Sítio do Mato, Alfredo de Oliveira Magalhães Júnior, e da vice-prefeita, Sofia Márcia Nunes Gonçalves. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eleitoral de 18 de março de 2019. A investigação foi pela Coligação Juntos pela Renovação, que apontou que os gestores do município estariam “fazendo uso de gastos com publicidade institucional acima da média”.