“Deus deu autoridade a Trump para tirar Kim Jong-un do poder”, avisa pastor

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Robert Jeffress acredita que presidente americano pode ser instrumento divino para punir o mal

“Deus deu ao presidente Donald Trump a autoridade para tirar Kim Jong-Un do poder”, afirmou o pastor Robert Jeffress, um dos principais conselheiros evangélicos do presidente. A declaração do líder religioso, que pastoreia a Primeira Igreja Batista de Dallas, com mais de 10 mil membros, veio logo após o presidente americano afirmar que atingiria a Coréia do Norte “com fogo e fúria jamais vistos no mundo” caso os norte-coreanos continuem ameaçando lançar bombas atômicas contra os Estados Unidos. Jeffress é muito influente entre os cristãos conservadores e apoiou Trump ativamente desde o início da campanha presidencial no ano passado. Ele faz parte também de um grupo de líderes evangélicos que possuem acesso direto ao presidente. Segundo eles, Trump constantemente pede suas opiniões sobre política. As tensões entre as duas potências nucleares aumentaram, e os opositores de Trump classificaram suas ameaças como “imprudentes”, acusando-o de querer começar uma guerra. O problema se agravou quando, no mês passado, a Coréia do Norte testou com sucesso um míssil balístico intercontinental que poderia atingir a Califórnia. Esta semana, foi divulgado que o Pyongyang conseguiu produzir ogivas nucleares compactas, que podem ser transportadas pelos mísseis intercontinentais. A declaração de Jeffress, divulgada pelo jornal Washington Post menciona versículos bíblicos e ressalta sua crença que “Deus entregou aos governantes todo o poder para usarem quaisquer meios necessários – incluindo a guerra – para impedir o mal”.

Para o líder batista, Trump merece elogios por não tolerar as ameaças da Coréia do Norte e ressaltou que a política externa complacente do ex-presidente Barack Obama é responsável por crises como a da Síria. “Graças a Deus por um presidente que é sério quando se trata em proteger nosso país”, comemorou. Jeffress citou o texto bíblico de Romanos 13, dizendo que a espada é “serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal” e que o Senhor “dá ao governo a autoridade para fazer o que for preciso, seja o assassinato, a pena de morte ou a punição do mal ao reprimir as ações de malfeitores como Kim Jong Un”. Trump, que diz ser presbiteriano desde criança, tem apoio maciço dos evangélicos. Segundo as pesquisas, cerca de 81% dos evangélicos brancos votaram nele em novembro, índice maior que qualquer outro grupo religioso.