Ex-relator da reforma da Previdência no governo de Michel Temer, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) acredita que o atual texto enviado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) é mais duro do que o do antecessor. Em entrevista à Rádio Metrópole hoje (4), o parlamentar reforçou que a proposta precisa ser aprovada para destravar a economia do país.
“Não podemos continuar nessa situação quando o país é sangrado por pagar essas aposentadorias cheias de privilégios que não cabem mais ao mundo atual. Estamos fazendo uma reforma para que não exista uma diferença entre brasileiros e estabeleça uma idade mínima. Eu posso me aposentar com R$ 33 mil, mas o pobre se aposenta com dois salários mínimos. Estamos fazendo uma reforma que dê mais dignidade ao sistema previdenciário, que é forjado na diferença e nas discriminações contra alguns e favorecimento de outras. Essa reforma, caso aprovada, vai atrair novos investimentos e destrava a economia”, afirmou o deputado.
Ainda de acordo com Maia, a proposta já apresenta diferenças importantes do texto original enviado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Conseguimos tirar pontos muito ruins. A capitalização, em vez de se ter um INSS, cada trabalhador teria uma conta que seria depositado um dinheiro mensal que ao final da sua vida teria aquela conta com o ativo para pagar sua aposentadoria. Isso acabaria com uma a aposentadoria pública no Brasil”, avaliou o deputado.