Estudantes e professores foram às ruas na manhã desta quarta-feira (15) em Bom Jesus da Lapa, repudiar o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).
Instituições públicas e privadas participaram do ato que começou em frente do Campus da Universidade Federal do Oeste da Bahia(UFOB) e seguiu pela Avenida Manoel Novais. Nesta quarta, as aulas na rede pública foram suspensas. Algumas instituições privadas também suspenderam as atividades para acompanhar o ato em defesa da educação.
Desde que assumiu o posto no começo de abril, Weintraub congelou recursos tanto da educação básica quanto das universidades federais. Ao menos 2,4 bilhões de reais que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio foram bloqueados.
O ministro também declarou que haveria um corte de 30% no orçamento de universidades federais que promovessem “balbúrdia” e tivessem desempenho acadêmico abaixo do esperado.
Ele citou a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Federal Fluminense e Universidade de Brasília como alvos, apesar de todas estarem entre as 50 melhores da América Latina segundo o ranking Times Higher Education.
Depois, o ministro recuou e afirmou que o corte seria linear para todas as universidades federais, o que segundo reitores inviabiliza a continuidade das atividades; os repasses já passaram por cortes sucessivos nos anos anteriores.
O ministro passou então a destacar que o corte é sobre a verba de custeio e portanto mais próximo de 3%, pois grande parte das despesas universitárias são obrigatórias por lei, como os salários.
Além do corte no repasse para as federais, 3.474 bolsas para estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também foram suspensas.
Os protestos de hoje que aconteceu em todo Brasil, organizados principalmente pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), são em defesa do direito à educação. A expectativa é que a mobilização atinja também pais, professores e alunos da rede particular.