A pressão de categorias profissionais para manter tratamento diferenciado na Reforma da Previdência começa a surtir efeito no Congresso. Professores, que teriam de cumprir idade mínima de 60 anos para alcançar o benefício, obtiveram apoio de PR e MDB para manter as condições atuais, sem a barreira da idade mínima.
Já os policiais contam com uma emenda específica, apresentada pelo democrata Alan Rick (AC), que busca lhes garantir a possibilidade de aposentar aos 52 anos, a mulher, e 55, o homem, cumprido o tempo mínimo de contribuição de 25 e 30 anos, respectivamente.
“Não vejo como prosperar”, diz o presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PR/AM), quanto às mudanças para os professores. “O governo aumenta a idade mínima das professoras em 10 anos, sem regra de transição de 50 para 60 anos”. Segundo o relator da PEC da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB/SP), retirar os professores da Reforma significa abrir mão de uma economia de R$ 12 bilhões, em dez anos. “Vale lembrar que quem vai pagar a maior parte desta conta são estados e municípios, que contratam o maior número de professores”, ressalta.
Já o deputado Rick argumenta, em defesa dos policiais, que “não se trata de manter privilégios, mas sobretudo de adequar reais condições de aposentadoria dos profissionais de segurança pública”. Na justificativa da emenda, o deputado também registra que “o servidor policial tem a missão de garantir, com o risco da própria vida, a integridade física e o patrimônio de todos os cidadãos e os bens e a riqueza da nossa nação”.
Com informações do Portal R7.