Grupo de mulheres protesta em frente a Maternidade de Bom Jesus da Lapa pedindo justiça

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Protesto/ Maternidade/ Foto: Reprodução/Whatsapp
Protesto/ Maternidade/ Foto: Reprodução/Whatsapp

Na manhã desta segunda-feira (01), um grupo de mulheres seguiu pela Avenida Manoel Novaes até a Maternidade Municipal. O grupo segurava balões de cores rosa e branco com o nome da criança Carine, de 3 anos, que  morreu no hospital de Feira de Santana, após passar por duas cirurgias no  hospital Municipal  Carmela Dutra da cidade de Bom Jesus da Lapa. As manifestantes gritavam por “justiça”.

O ato contou com a participação de familiares da criança e da família de Isabel, que perdeu os filhos grêmios  na maternidade, e morreu poucos dias depois no hospital Regional de Brumado.

O protesto foi desencadeado, principalmente pelo caso mais recente, onde faleceu a jovem de 26, Airla. Ela teve um parto por via normal na Maternidade e alguns dias depois apresentou um quadro de dores abdominais, passando por processo cirúrgico no hospital Municipal Carmela Dutra e mais tarde, encaminhada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de Brumado, onde faleceu. A família aguarda o laudo com as causas que provocaram esta morte precoce.

Já a criança Carine,  que morreu no hospital em Feira de Santana. Segundo os familiares,  ela  veio ao óbito  por negligência médica do Hospital Municipal Carmela Dutra.

Diante das diversas manifestações, criticando o serviço da maternidade, o prefeito Eures Ribeiro concedeu, na última semana, entrevistas em duas  emissoras de rádio da cidade: Bom Jesus AM e Baiana FM. Ele falou que a maternidade não é de referência plena, os investimentos públicos são altos, mas que falta a UTI Neo Natal e Adulto. Isso é um problema quando são realizados partos complicados, de mulheres de mais idade, especializados e lamentou não ter UTI, nem para parto prematuro. “UTI é o sonho de consumo da saúde Bom Jesus da Lapa”, disse.

Eures afirmou que já estão sendo construídas essas unidades. O prefeito reconheceu que muitas pessoas poderiam não ter perdido as suas vidas se o município tivesse uma UTI. Ele citou que uma reclamação da população era também em relação a um profissional médico, “que não tinha acolhimento”, “um ótimo profissional técnico. O mais importante na saúde é o acolhimento.” “Tive que demitir esse médico e demito qualquer médico que eu souber que estiver tratando mal o paciente”. Demiti também uma enfermeira que não tinha um bom acolhimento com as gestantes”, disse.

Mortes na maternidade

“Um ou dois óbitos no ano. O ano passado foi zero, no máximo dois por ano. No governo passado eram de 20 a 25 mortes em Bom Jesus da Lapa. Então a maternidade ainda é um sistema seguro, mais seguro do que foi no passado. Foram muitas vidas salvas. Então a maternidade mais fez bem para a população, para as gestantes e para as mulheres do que fez mal. Foram vidas salvas. Nós salvamos muitas vidas em Bom Jesus da Lapa e podemos salvar muito mais”, rebateu.