Foi adiada a votação do Projeto de Lei que prevê a anistia aos policiais militares envolvidos na greve, que aconteceu em fevereiro de 2017 no Espírito Santo. Para esta terça-feira (27) estava prevista a discussão e votação do PL que dá perdão aos militares envolvidos na greve, o que não aconteceu. A sessão terminou por volta das 21 horas sem chegar ao assunto.
Os deputados que apoiam o projeto articulam na Câmara para ganhar votos e fazer com que a proposta avance para o Senado ainda neste ano. A ordem do dia para esta quarta-feira (28) ainda não foi divulgada.
Greve
A greve teve início no dia 4 de fevereiro de 2017, três dias após as associações representativas de classe protocolarem junto ao Governo do Estado um documento que reivindicava uma reunião com o governador até o fim da primeira quinzena de fevereiro, para tratarem “de assuntos pertinentes a todos os militares estaduais”. Justificavam que a audiência se fazia “necessária em face da insatisfação dos policiais e bombeiros militares em relação às perdas salariais dos últimos anos”.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, 224 pessoas sofreram mortes violentas no Espírito Santo entre 4 e 25 de fevereiro de 2017. A maior parte delas (125 inquéritos) aconteceu na Grande Vitória.
Em todo o mês de fevereiro de 2016, o Espírito Santo havia registrado 122 homicídios. Entre os dias 4 e 10 de fevereiro de 2016, o Estado tinha registrado 25 homicídios. Com a paralisação da PM em 2017, o número nesse período é de 121, um aumento de 384%.