O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), mostrou preocupação ao comentar a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos. Nos municípios da Bahia, atuam 846 médicos vindos de Cuba, em cerca de 300 municípios.
“Recebemos a notícia com muita preocupação. Esses médicos atuam, muitas vezes, em lugares que médicos brasileiros não aceitam ir, na zona rural, comunidades distantes, quilombolas e indígenas. É lamentável para a população ter que voltar a sofrer com a falta de atendimento na saúde básica. O efeito será desastroso para estratégia de Saúde da Família nos municípios”, reclamou o gestor que é prefeito de Bom Jesus da Lapa e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Na próxima segunda-feira (19), cerca de 100 prefeitos baianos participam de uma mobilização em Brasília. O encontro, agendado no início do mês, ganhou agora uma demanda urgente com o anúncio da saída dos cubanos do Programa Mais Médicos. Nos municípios da Bahia, atuam 846 médicos vindos de Cuba, em cerca de 300 municípios.
“Observamos que esses profissionais eram os mais atenciosos, iam à casa dos pacientes, tinham uma ausculta cuidadosa e cumpriam carga horária, diferente do quadro que vivíamos antes de médicos que cobravam o triplo do valor e trabalhavam em três municípios diferentes, sem dar a carga horária contratada. E estamos falando de municípios pequenos com menos de 20 mil habitantes, com muita dificuldade de fixação dos médicos daqui. Na verdade, o que tínhamos era quase um leilão na região quando aparecia um médico, quem dava mais tinha o serviço. Não podemos voltar a essa situação”, conta. (Bahia Notícias)